7 de abr. de 2010
O JORNALISMO VIVA LA VIDA
O que me fez jornalista foi o silêncio porque através do silêncio eu puder compreender que o ser-humano só é alguém (seja na dor ou seja na delicia que é) quando ele fala,gesticula e escreve. A partir dessa minha teoria eu vi a possibilidade de materializar o profissional e a pessoa numa só ação: a escrita.
Comprovo a cada dia que a rotina se iguala facilmente a funções e maneira de produtos jornalísticos.
Mostrarei a vocês que os gêneros do jornalismo estão inserido em mim e podem estar em vocês também.Vamos lá:
Meus papiros sempre são as crônicas aonde eu posso livremente levitar nas doçuras e acidez do cotidiano com ações que reverberam causos de rir ou de chorar...de rir(ÓBVIO). A crônica me permite ter tristeza clown...me pinto de tintas fortes,coloco o meu nariz vermelho e estou pronto para amenizar as minhas dores e frustrações.
O mal necessário fica por conta do lead, artifício que odeio dentro da minha profissão, mas que temos de usa-lo toda vez,nem que seja em uma lauda(mas essa lauda pode ter 20 toques fácil,fácil...ok?!). Nos reportar ao O que?Como?Porque? Aonde? Quando?E quem? é a grande sacada para aqueles momentos BEEEM chatinhos de lembrar,mas que sempre terá um sujeito que vai fazer questão de dar um Google na ladainha.
A pirâmide invertida é o mais complicado para eu lidar, pois sustenta aquela velha história do recordar é viver. O “bapho” de tudo isso é que tenho que recapitular tanto para o bem como para o mal.Taí a confusão... Afinal, os personagens do meu livro de memórias tem os sagrados e tem os profanos,estes as vezes entram na minha caixola muito antes dos sagrados. Como não tem escapatória, o negócio é hierarquizar aqueles que me amam, alegram ou que me movem de alguma maneira positiva. No vértice inferior prefiro dar espaço a quem me causa ojeriza e sentimentos retumbantes como a pena e a raiva.
Hoje comemoro não só o Dia do Jornalista mas também a certeza de que eu escolhi a profissão que me afaga,chacoalha e que me faz ver que o cidadão e o profissional são filhos de uma mesma vontade,a de ser jornalista da própria vida.
A cada vivenciar é uma pequena amostra da loucura de ser alguém todo dia á espera de fatos que serão impressos nas minhas crônicas,leads,pirâmides invertidas,notas,releases....
Minha imprensa é o meu músculo involuntário que pulsa a cada contornar dos meus desejos num papel branco .
Parabéns a nós jornalistas de profissão de corpo, de alma e das palavras!
Raphael Mathias
PARACHOQUE DO DIA:
“A liberdade de imprensa não faz sentir seu poder apenas sobre as opiniões políticas, mas também sobre as opiniões dos homens. Não modifica somente as leis, mas os costumes.” - Aléxis de Tocqueville
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