Foi assim no boom de Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller, Maria Rita, dentre outras.
Como sempre a música popular brasileira vem se renovando e,principalmente,é uma seguidora fiel dos costumes de cada geração vigente. No final da década de 2000 pra cá, a tônica das novas intérpretes nacionais é ser minimalista ao extremo. Fala-se de amor, de olhares e outros assuntos sob a ótica de meninas que abrem os seus diários e nos mostram que amar chorar e ser feliz ainda são valores e ações presentes na juventude atual.
O trivial chique vem com tudo em cantoras como Céu, Roberta Sá, Mariana Aydar, Bruna Karam, Maria Gadú e a mais nova integrante da turminha, Tiê. É a elegância simplista de jovens (e lindas... diga-se de passagem) cantoras que interpretam o que a gente quer ouvir. Eu as chamo carinhosamente de cantoras analistas, pois ao ouvir suas canções nos sentimos num divã de tantas estrofes que mais parecem dicas e conselhos às nossas dúvidas cruéis, fruto do calor da idade.
Ao escutar Tiê a primeira característica que me veio a cabeça é a daquela velha máxima do menos é sempre mais.
Munida de uma doce voz, banquinho e violão, Tiê escancara os nossos corações com belas composições, arranjos finérrimos e jeitinho cativante de melhor amiga blasé/sutil. É como cantasse uma cantiga de ninar em nossos ouvidos e daí sempre teríamos maravilhosos sonhos.Não é a toa que seu primeiro álbum chama-se "Sweet Jardim".
Cada música é uma doçura pra ouvir não somente no jardim.Vale o quarto escuro,o meio da rua,dentro do carro,sozinho ou acompanho mas sempre devemos escutar Tiê em som estéreo para fixar nos ouvidos a brandura de uma mulher que como ela mesmo canta...ficamos atordoados, faltou o ar.
Tiê é estrela e seu grande diferencial é o de não ser diferente. E hoje em dia isso pra gente vale muito.
Fiquem agora com a bela "Assinado Eu".
PARACHOQUE DO DIA:
"Tanta afinidade assim, eu sei que só pode ser bom" - Tiê
Raphael Mathias
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